Nº49 - DEZEMBRO DE 2017

Ponto de Vista

Cicilia Peruzzo fala sobre a criação da Associação Brasileira de Pesquisadores e Comunicadores em Comunicação Popular, Comunitária e Cidadã

Durante a XII Conferência Brasileira de Mídia Cidadã realizada na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora em outubro de 2017, a Assembleia da Rede Brasileira de Mídia Cidadã decidiu pela criação da Associação Brasileira de Pesquisadores e Comunicadores em  Comunicação Popular, Comunitária e Cidadã (ABPCom).

Proposta por Cicilia M. Krohling Peruzzo, a formação da Associação objetiva avançar os trabalhos desenvolvidos pela Rede de Mídia Cidadã ao longo de mais de uma década e, ao mesmo tempo, renovar o sentido da mesma ao dar um passo adiante na institucionalização, o que favorecerá a articulação de pesquisadores e comunicadores populares e o apoio à pesquisa científica no âmbito da comunicação para a cidadania desenvolvida no país.

Em entrevista a Socicom, a presidente da Associação, Cicilia Peruzzo, explica as motivações para criar a entidade e como irá atuar para que os pesquisadores tenham presença ainda mais capilarizada na sociedade.

 

Socicom: Professora Cicilia Peruzzo aponte os motivos levaram o grupo de pesquisadores a criarem a ABPCom?

Cicilia: Há mais um ano havia uma discussão de pesquisadores e estudantes dessa subárea da Comunicação sobre ideia de formar uma associação, o que foi sendo postergado em razão do grande número de associações existente. No entanto, com o passar do aumento a ideia foi amadurecendo e considerou-se que com a criação de uma associação específica se poderia contribuir para o fortalecimento desse segmento da Comunicação em benefício do desenvolvimento do conhecimento, além de marcar um diferencial, pois a associação foi constituída com a proposta de aglutinar não apenas pesquisadores, mas também comunicadores populares, ativistas, estudantes e outros profissionais atuantes em comunicação comunitária e demais mídias alternativas e cidadãs.

 

Socicom: Esse  grupo não se sentia representando por meio das entidades existentes?

Cicilia: Sempre se sentiu muito bem representado nas demais associações, até porque nas entidades mais importantes (IAMCR, ALAIC, Intercom, Compós e Assibercom – estas duas última mais recente) há décadas existem GTs que abrigam as temáticas relacionadas à comunicação e cidadania. A participação nesses GTS seguirá normalmente, pois uma coisa não substitui a outra. Trata-se mesmo de uma associação com propósitos e possibilidades de atuação mais amplos do que um GT.

 

Socicom: Qual  importância de incluir os membros da Rede Cidadã nesta associação?

Cicilia: De fato vai existir uma continuidade da principal (e praticamente única) atividade da Rede Mídia Cidadã, a Conferência anual, pois a associação criada é um desdobramento da Rede, porém, com uma figura jurídica e civil tendente a se consolidar com mais representatividade e amplitude em termos de campo de atuação.

Como prevê  o artigo 8º. do Estatuto, um dos objetivos da ABPCom é  “difundir e consolidar no Brasil o campo interdisciplinar de estudos e de práticas em Comunicação para a cidadania, a comunicação comunitária, popular e alternativa, e mídias cidadãs e seus processos comunicacionais constitutivos – entendida, em sentido lato, como um processo de comunicação que emerge da ação de grupos populares, movimentos sociais, comunidades e coletivos congêneres, que perpassa e é perpassada por formas e canais próprios de comunicação. Tais ações são destinadas a desenvolver sistemas coletivos e criativos em espaços culturais, educativos, tanto formais, não formais e informais, mediados pela comunicação, bem como pelas tecnologias da informação, garantindo-se as condições para a aprendizagem e o exercício da liberdade de expressão, tendo como pano de fundo a potencialização do empoderamento humano, coletivo, a ampliação dos direitos de cidadania e a transformação social”.

 

Socicom: A maioria das associações ou sociedades existentes atua como entidade científica, com membros, em boa parte, inseridos em programas de pós-graduação e submetidos a critérios de avaliação da Capes. Mas a ABPCom quer reunir pesquisadores tenham presença mais capilarizada na sociedade. Isso implica em ter um papel mais atuante e não apenas de reflexão e análise? 

Cicilia: Exatamente. A ABPCom aglutina essas pessoas, pesquisadores e estudantes, de pós-graduação e envolvidos com a pesquisa acadêmica, mas abre-se a filiação e atuação de todos aquele/as envolvidos nas práticas da comunicação popular, comunitária, alternativa e das mídias cidadãs. Também estará aberta a atuar em parceria com as entidades civis, coletivos de comunicação, ONGs etc. em atividades de extensão universitária no campo da formação para a comunicação comunitária.  As “comunidades” terão seu espaço nos eventos da entidade para relatos de experiências e amostras, dando continuidade assim a processos de troca de saberes e de experiências que a Conferência Brasileira de Mídia Cidadã realizou em todos esses anos.

 

Socicom: Há possibilidade da ABPCom filiar-se a Socicom?

Cicilia: Se formos convidados e reconhecidos como associação pela SOCICOM, considero que esse seria um caminho natural já que a SOCICOM é uma federação de associações civis de Comunicação. Assim que obtivermos o registro do estatuto, o encaminharemos à Socicom.

 

Diretoria da ABPCom

Presidente: Cicilia Krohling Peruzzo

Vice-Presidente: Bruno Fuser

Secretaria Executiva: Cristina Gobbi

Diretor de Finanças: Ricardo Alvarenga

Diretora Científica: Luzia Y. Deliberador

Diretor de Relações Públicas e Comunicação: Edgar Rebouças

Diretor Cultural e de Projeto: Adilson Cabral

 

Contatos: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

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Ponto de Vista

Cicilia Peruzzo fala sobre a criação da Associação Brasileira de Pesquisadores e Comunicadores em Comunicação Popular, Comunitária e Cidadã

Durante a XII Conferência Brasileira de Mídia Cidadã realizada na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora em outubro de 2017, a Assembleia da Rede Brasileira de Mídia Cidadã decidiu pela criação da Associação Brasileira de Pesquisadores e Comunicadores em  Comunicação Popular, Comunitária e Cidadã (ABPCom).

Proposta por Cicilia M. Krohling Peruzzo, a formação da Associação objetiva avançar os trabalhos desenvolvidos pela Rede de Mídia Cidadã ao longo de mais de uma década e, ao mesmo tempo, renovar o sentido da mesma ao dar um passo adiante na institucionalização, o que favorecerá a articulação de pesquisadores e comunicadores populares e o apoio à pesquisa científica no âmbito da comunicação para a cidadania desenvolvida no país.

Em entrevista a Socicom, a presidente da Associação, Cicilia Peruzzo, explica as motivações para criar a entidade e como irá atuar para que os pesquisadores tenham presença ainda mais capilarizada na sociedade.

 

Socicom: Professora Cicilia Peruzzo aponte os motivos levaram o grupo de pesquisadores a criarem a ABPCom?

Cicilia: Há mais um ano havia uma discussão de pesquisadores e estudantes dessa subárea da Comunicação sobre ideia de formar uma associação, o que foi sendo postergado em razão do grande número de associações existente. No entanto, com o passar do aumento a ideia foi amadurecendo e considerou-se que com a criação de uma associação específica se poderia contribuir para o fortalecimento desse segmento da Comunicação em benefício do desenvolvimento do conhecimento, além de marcar um diferencial, pois a associação foi constituída com a proposta de aglutinar não apenas pesquisadores, mas também comunicadores populares, ativistas, estudantes e outros profissionais atuantes em comunicação comunitária e demais mídias alternativas e cidadãs.

 

Socicom: Esse  grupo não se sentia representando por meio das entidades existentes?

Cicilia: Sempre se sentiu muito bem representado nas demais associações, até porque nas entidades mais importantes (IAMCR, ALAIC, Intercom, Compós e Assibercom – estas duas última mais recente) há décadas existem GTs que abrigam as temáticas relacionadas à comunicação e cidadania. A participação nesses GTS seguirá normalmente, pois uma coisa não substitui a outra. Trata-se mesmo de uma associação com propósitos e possibilidades de atuação mais amplos do que um GT.

 

Socicom: Qual  importância de incluir os membros da Rede Cidadã nesta associação?

Cicilia: De fato vai existir uma continuidade da principal (e praticamente única) atividade da Rede Mídia Cidadã, a Conferência anual, pois a associação criada é um desdobramento da Rede, porém, com uma figura jurídica e civil tendente a se consolidar com mais representatividade e amplitude em termos de campo de atuação.

Como prevê  o artigo 8º. do Estatuto, um dos objetivos da ABPCom é  “difundir e consolidar no Brasil o campo interdisciplinar de estudos e de práticas em Comunicação para a cidadania, a comunicação comunitária, popular e alternativa, e mídias cidadãs e seus processos comunicacionais constitutivos – entendida, em sentido lato, como um processo de comunicação que emerge da ação de grupos populares, movimentos sociais, comunidades e coletivos congêneres, que perpassa e é perpassada por formas e canais próprios de comunicação. Tais ações são destinadas a desenvolver sistemas coletivos e criativos em espaços culturais, educativos, tanto formais, não formais e informais, mediados pela comunicação, bem como pelas tecnologias da informação, garantindo-se as condições para a aprendizagem e o exercício da liberdade de expressão, tendo como pano de fundo a potencialização do empoderamento humano, coletivo, a ampliação dos direitos de cidadania e a transformação social”.

 

Socicom: A maioria das associações ou sociedades existentes atua como entidade científica, com membros, em boa parte, inseridos em programas de pós-graduação e submetidos a critérios de avaliação da Capes. Mas a ABPCom quer reunir pesquisadores tenham presença mais capilarizada na sociedade. Isso implica em ter um papel mais atuante e não apenas de reflexão e análise? 

Cicilia: Exatamente. A ABPCom aglutina essas pessoas, pesquisadores e estudantes, de pós-graduação e envolvidos com a pesquisa acadêmica, mas abre-se a filiação e atuação de todos aquele/as envolvidos nas práticas da comunicação popular, comunitária, alternativa e das mídias cidadãs. Também estará aberta a atuar em parceria com as entidades civis, coletivos de comunicação, ONGs etc. em atividades de extensão universitária no campo da formação para a comunicação comunitária.  As “comunidades” terão seu espaço nos eventos da entidade para relatos de experiências e amostras, dando continuidade assim a processos de troca de saberes e de experiências que a Conferência Brasileira de Mídia Cidadã realizou em todos esses anos.

 

Socicom: Há possibilidade da ABPCom filiar-se a Socicom?

Cicilia: Se formos convidados e reconhecidos como associação pela SOCICOM, considero que esse seria um caminho natural já que a SOCICOM é uma federação de associações civis de Comunicação. Assim que obtivermos o registro do estatuto, o encaminharemos à Socicom.

 

Diretoria da ABPCom

Presidente: Cicilia Krohling Peruzzo

Vice-Presidente: Bruno Fuser

Secretaria Executiva: Cristina Gobbi

Diretor de Finanças: Ricardo Alvarenga

Diretora Científica: Luzia Y. Deliberador

Diretor de Relações Públicas e Comunicação: Edgar Rebouças

Diretor Cultural e de Projeto: Adilson Cabral

 

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