Nº51 - MAIO DE 2018

Espaço Aberto

I Aquenda de Comunicação, Gêneros e Sexualidades acontece de 1 a 3 de Agosto em Porto Alegre

 
No pajubá, socioleto fruto da mistura de línguas africanas como o ioruba e o kimbundô, difundido entre povos de santo, travestis e gírias LGBTQ, o termo aquendar possui um significado polissêmico. Em primeira instância, diz respeito ao ato sexual, a paquera, ao “pegar de jeito”; pode, também, sugerir a tática de “aquendar a neca” entre travestis, mulheres trans e drag queens. Por extensão, também indica “chamar a atenção”, “olhar”, “observar”, “pegar”, “mexer”, “provocar movimento”.
 
É nesta direção que se realiza o I Aquenda de Comunicação, Gêneros e Sexualidades nos dias 1, 2 e 3 de agosto de 2018, na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (FABICO), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
 
O objetivo é aquendar as metodologias, os aportes teóricos, os objetos, a produção de conhecimento e o pensamento comunicacional atravessado, rasurado, sexualizado, generificado, profanado pelos estudos feministas, queer, das sexualidades, de raça e de gênero. O expoente crescimento da preocupação da área da Comunicação com os estudos de gênero, corpos e sexualidades refletiu na produção de artigos, livros, ensaios e, principalmente, em uma elevada produção de dissertações e teses nos mais de 40 programas de pós-graduação em Comunicação do país. 
 
Busca-se assim alargar os horizontes sobre como as práticas e os discursos sócio-históricos, sejam eles de ordem midiática ou científica, tiveram e ainda têm responsabilidade sobre a produção e a precarização de nossas vidas corporificadas.

Entretanto, salvo alguns grupos temáticos em eventos locais, regionais ou nacionais, ainda falta espaços para aquendar esses estudos e interesses de pesquisa.
 
O I Aquenda de Comunicação, Gêneros e Sexualidades é uma proposição do Aquenda: Núcleo de Estudos em Comunicação, Gêneros e Sexualidades, que reúne pesquisadores e pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
 
Frente ao recrudescimento conservador do cenário sociopolítico atual, no mesmo compasso em que temas como sexualidade, aborto, feminismos, direitos reprodutivos, racismo e cidadania LGBTQ reclamam posições centrais no debate contemporâneo, os organizadores dizem que assumiram o direito de aquendar. Isto é, aquendar de perto a Comunicação, para oxigenar espaços de diálogos e desafiar o pensamento comunicacional, fazê-lo dizer a que veio, especialmente quando confrontado por essas múltiplas perspectivas.
 
As inscrições de resumos expandidos podem ser feitas até 02 de maio no site 
 
 
 

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Espaço Aberto

I Aquenda de Comunicação, Gêneros e Sexualidades acontece de 1 a 3 de Agosto em Porto Alegre

 
No pajubá, socioleto fruto da mistura de línguas africanas como o ioruba e o kimbundô, difundido entre povos de santo, travestis e gírias LGBTQ, o termo aquendar possui um significado polissêmico. Em primeira instância, diz respeito ao ato sexual, a paquera, ao “pegar de jeito”; pode, também, sugerir a tática de “aquendar a neca” entre travestis, mulheres trans e drag queens. Por extensão, também indica “chamar a atenção”, “olhar”, “observar”, “pegar”, “mexer”, “provocar movimento”.
 
É nesta direção que se realiza o I Aquenda de Comunicação, Gêneros e Sexualidades nos dias 1, 2 e 3 de agosto de 2018, na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (FABICO), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
 
O objetivo é aquendar as metodologias, os aportes teóricos, os objetos, a produção de conhecimento e o pensamento comunicacional atravessado, rasurado, sexualizado, generificado, profanado pelos estudos feministas, queer, das sexualidades, de raça e de gênero. O expoente crescimento da preocupação da área da Comunicação com os estudos de gênero, corpos e sexualidades refletiu na produção de artigos, livros, ensaios e, principalmente, em uma elevada produção de dissertações e teses nos mais de 40 programas de pós-graduação em Comunicação do país. 
 
Busca-se assim alargar os horizontes sobre como as práticas e os discursos sócio-históricos, sejam eles de ordem midiática ou científica, tiveram e ainda têm responsabilidade sobre a produção e a precarização de nossas vidas corporificadas.

Entretanto, salvo alguns grupos temáticos em eventos locais, regionais ou nacionais, ainda falta espaços para aquendar esses estudos e interesses de pesquisa.
 
O I Aquenda de Comunicação, Gêneros e Sexualidades é uma proposição do Aquenda: Núcleo de Estudos em Comunicação, Gêneros e Sexualidades, que reúne pesquisadores e pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
 
Frente ao recrudescimento conservador do cenário sociopolítico atual, no mesmo compasso em que temas como sexualidade, aborto, feminismos, direitos reprodutivos, racismo e cidadania LGBTQ reclamam posições centrais no debate contemporâneo, os organizadores dizem que assumiram o direito de aquendar. Isto é, aquendar de perto a Comunicação, para oxigenar espaços de diálogos e desafiar o pensamento comunicacional, fazê-lo dizer a que veio, especialmente quando confrontado por essas múltiplas perspectivas.
 
As inscrições de resumos expandidos podem ser feitas até 02 de maio no site 
https://aquenda.wordpress.com/cronograma/